As Aldeias do Xisto são pequenas aldeias perdidas num mundo de trilhas intemporais que conectam cada aldeia por séculos de história, tradição e paisagem. Desfruta da tranquilidade de uma aldeia após a outra, caminhando pelos vários Caminhos do Xistos ou de bicicleta. Cada Vila tem a sua própria identidade e é em si um destino a não perder.
1. Ferraria de São João
Encontre nesta aldeia um futuro em constante movimento. Embora ainda retenha uma riqueza paisagística e cultural, não ficou de todo cristalizada no tempo, e há uma continua estimulação da população e dos seus visitantes. Paisagem esta fruto da sua localização numa encosta com largas vistas sobre o vale. É um exemplo primo onde a ruralidade e o turismo ativo convivem. Dona de um magnífico sobreiral, onde se pode descobrir como o xisto e o quartzo se unificam perfeitamente, existe também, entre outras atividades, como os fantásticos trilhos para caminhadas e bicicletas, workshops de queijo de cabra fresco, um numeroso conjunto de currais tradicionais para explorar.
2. Serras da Lousã
No Centro de Portugal, uma obra da natureza que conjuga de uma maneira inegável a vertente cultural e humana das redondezas. Rodeada de Aldeias do Xisto, é dona de um fantástico pedaço da natureza onde as possibilidades de lazer são incalculáveis. A poucos quilómetros de civilização, encontra-se veados, javalis e corços que se felizmente ainda passeiam entre os sobreiros, carvalhos e pinheiros que os protegem. É fundamentalmente xistosa e pré-câmbrica, a extremidade sudoeste da cordilheira central, companheira das Serras do Aço e da Estrela, é um espaço muito antigo, sulcado por várias linhas de água e uma grande diversidade de vegetação. Integrante da Rede Natura 2000, ainda têm habitats bem conservados, que lhe permite proteger as populações que aí residem. Não perca a oportunidade de caminhar ou percorrer por um dos números trilhos em bicicleta, este rústico mas nobre espaço natural.
3. Baloiço de Lousã
Um pequeno ponto de paragem, mas sem igual no país. O Baloiço do Trevim, como também é conhecido, situa-se no ponto mais alto da Serra da Lousã. A 1.200 metros de altitude permite não só uma fantástica vista da Serra da Lousã, mas também um recriar da sensação de voar ao sabor do vento que se tem em criança. Uma fantástica instalação artística, este gigante baloiço de madeira, permite não só depois de um trilho pela bela natureza, parar e contemplar a irreal grandiosidade da região, como também imortalizar o momento de uma maneira divertida e inesquecível.
4. Gondramaz
Distingue-se pela tonalidade específica do xisto que a envolve completamente, numa arte que percorrer connosco o mesmo caminho, seja no chão que pisamos com a arte de trabalhar artesanalmente a pedra, seja na obra que é a Natureza que a envolve. Recebidos com um poema de Miguel Torga os visitantes desta aldeia vêm não só conhecer artes seculares, numa terra de artesãos cujas mão criam figuras carismáticas, mas também levam incorporadas memórias sem igual. Uma aldeia acessível a todos, mesmo aos com mobilidade reduzida, permite a todos perderem-se na melodia das ruas estreitas e sinuosas, ou no ambiente animado que se vive em cada fim-de-semana.
5. Pedalar na montanha
Numa região com paisagens de cortar a respiração, foram criadas dezenas de rotas diferentes, passando por florestas, praias fluviais e percorrendo as Serras da Lousã e do Açor, no intuito de dinamizar a região e abri-la a aventura. Seja em percursos diários ou pedalando de aldeia em aldeia, há trilhos para todos os níveis de preparação, desde os iniciantes aos mais exigentes. Com cerca de 9 Centros de BTT, e 30 percursos. Estes centros são infraestruturas desportivas permanentes, dotados dos equipamentos necessários para os visitantes e as suas bicicletas. Muitos destes centros encontram-se diretamente em Aldeias do Xisto, como é o caso da Ferraria de São João e Gondramaz. Além de poder viver grandes emoções tanto a desafiar a sua destreza e resistência, ou ver uma das várias competições que aqui ocorrem, pode simplesmente deixar-se levar numa viagem curta e relaxada para conhecer as Aldeias e Naturezas numa E-bike. O garantido é um elevado nível de diversão e o prazer de conhecer uma ou mais aldeias e maravilhar-se pela natureza da região.
6. Pedrógão Pequeno
Um ponto branco no centro do mar de xisto que a envolve, esta antiga vila esconde-o sob rebocos alvos. Um afloramento de granito que lhe permitiu dar pedra para as cantarias de portas e janelas, não destronou o material predominante que é o xisto, mas permitiu enriquece-lo e embeleza-lo de outra maneira. Entre os anos 50 e 60 viu a construção da Barragem do Cabril crescer-lhe a população, uma das maiores barragens portuguesas, que não só é uma obra arquitetónica, mas também um amplo espaço de lazer ao ar livre. Outras atrações incluem a Capela de Nossa Senhora das Águas Feras e a Ponte Filipina do Cabril, construída ainda quando Portugal era regido por monarcas espanhóis e liga as duas margens do rio Zêzere. A vila em si também liga vários trilhos do Zêzere e das próprias Aldeias do Xisto permitindo passeios para todos os níveis, mas que permitam desfrutar da natureza e conhecer os recantos e os segredos que as aldeias guardam!
7. Cerdeira
Uma obra de arte, e uma galeria a céu aberto, esta aldeia sobrepõe-se ao verde das encostas, numa obra de engenharia de construção. Os edifícios encontram-se implantados sobre um morro rochoso, que criou uma escadaria de socalcos que rodeia a Aldeia, mas que também segura a terra que as chuvas e a erosão teriam levado pela encosta abaixo. É também uma história de revitalização e magia, que através de esforço e imaginação, criaram um espaço onde a arte e a criatividade podem dar asas. É um local de criação artística, através de residências artísticas internacionais, da realização de workshops de formação e de pequenas experiências criativas. É um lugar para retiros criativos, ajudado pela riqueza natural que a rodeia, a tranquilidade que reina e as infraestruturas disponíveis. Venha aprender algo novo, ou simplesmente “reaprender” uma arte esquecida pela maioria, e perca-se nos vários trilhos para caminhadas.
8. GR33/ GRZ – Grande Rota do Zêzere
Uma das áreas naturais de maior diversidade ambiental do país, estes 370 km foram criados para permitir um contacto mais próximo ao património natural, através de várias modalidades tanto em caminhada, como em bicicleta ou até canoa! Pode-se realizar de uma forma contínua e encadeada por vários troços ou mesmo em circuitos multimodais, dependendo da preferência e destreza do utilizador. A rota acompanha o Rio Zêzere desde a sua nascente, a Serra da Estrela até à sua Foz, em Constância, onde encontra o Rio Tejo. É possível apreciar a riqueza da fauna e flora, como as várias aves de rapina (bútio-comum e águia da asa redonda), fantástica flora medicinal (erva das sete sangrias e pilriteiro), além da paisagem humanizada que se foi estabelecendo, numa mistura inesquecível.
9. Talasnal
Aldeia serrana da Serra da Lousã, onde reina a natureza. Maravilhe-se pela ruela principal, pelas casas decoradas com videiras, pela natureza que a envolve. Fundada como possivelmente as restantes na segunda metade do século XVII, é agora um ponto de vários trilhos, que permitem um mergulho na história e na vegetação luxuriante. É sem dúvida um luxo e privilégio percorrer as suas ruas estreitas, perdidos nesta melodia do passado e pelos vários pormenores das casas. Uma viagem intemporal, mas essencial.
10. Candal
Um porto de abrigo para quem o desejar, está aninhada na Serra da Lousã e é por vezes, devido à acessibilidade que a Estrada Nacional lhe proporciona, consideradas uma das mais desenvolvidas aldeias serranas. É também considerado o local ideal para abrir o apetite antes de partir à descoberta do resto da serra e das aldeias. Mantêm na mesma todos os testemunhos deste mundo ancestral, preservando-o no tempo, mas também oferece ar puro e boa companhia. A subida até ao miradouro é recompensada pela belíssima vista panorâmica sobre o vale e a Ribeira do Candal. Um especial ponto de paragem na aventura que é descobrir as Aldeias do Xisto!